quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

5ª e 6ª Semana

Mais duas semanas de estágio decorreram, o frio já se fazia sentir e o cheirinho a Natal e a férias já andava no ar. Neste espaço de tempo as atividades desenvolvidas foram:
·         Vistoria a uma churrasqueira;
·         Visita a uma frutaria, a fim de dar parecer do projeto;
·         Análise do projeto de um hotel e emissão do respetivo parecer;
·         Auditoria à sala de esterilização e ao armazém de resíduos;
·         Recolha de águas para consumo humano (atividade descrita no separador 1ª e 2ª semana);
·         Recolha de águas de piscinas;
·         Avaliação de projetos a fim de emitir parecer (atividade descrita no separador 1ª e 2ª semana);
·         Reajustamento da apresentação da roda dos alimentos;
·         Vistoria a talhos.



Vistoria a uma churrasqueira


            No decorrer destas duas semanas surgiu a oportunidade de realizarmos uma vistoria a uma churrasqueira, pertencente ao concelho de Santiago do Cacém. O material levado para esta saída foi uma checklist, que se costuma utilizar quando se faz vistorias a estabelecimentos de restauração e bebidas.
            Dirigimo-nos ao local por volta das 15h30 este encontrava-se aberto mas sem clientes, uma vez que já tinha passado a hora referente ao almoço. O responsável do estabelecimento mostrou-nos todos os compartimentos constituintes da churrasqueira. Ao mesmo tempo que a visita decorria fomos preenchendo a checklist, foram surgindo algumas dúvidas mas estas foram esclarecidas pelo responsável do espaço.
            Ao chegarmos ao Centro de Saúde pegámos na checklist e analisámos a informação recolhida, visto que o documento consiste em escolher entre as opções sim, não e não se aplica é fácil de identificar os problemas.
            Com a junção de todos os pontos que não se encontravam em conformidade elaborou-se um auto de vistoria.
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Imagem 1- Auto de Vistoria


Visita a uma frutaria, a fim de dar parecer do projeto

Chegou ao nosso local de trabalho um projeto de uma frutaria pertencente ao concelho de Santiago do Cacém. Este projeto trazia escassa informação e como já tinha passado o prazo para pedir novos elementos, decidimos deslocar-nos até ao local onde se encontra a frutaria já em funcionamento.
Eu em conjunto com os meus colegas estagiários e a TSA Rosa Nunes, abordámos a empregada deste estabelecimento acerca do motivo que nos fez ir até lá. Esta foi muito acessível e mostrou-nos todos os compartimentos que constituíam a frutaria, a instalação sanitária, uma pequena dispensa onde se encontravam acondicionados alguns géneros alimentícios e o espaço de comercialização. Recebemos ainda a informação que a fruta e os legumes vendidos são colocados diariamente, fazendo com que o stock na dispensa seja mínimo, apenas produtos embalados como o azeite.
Regressámos até ao centro de saúde onde emitimos o respetivo parecer do projeto, neste parecer apresentámos algumas medidas que podem ser tomadas para melhorar as condições deste espaço.
Análise do projeto de um hotel e emissão do respetivo parecer
Mais um projeto deu entrada nos nossos serviços, em tempos anteriores tínhamos recebido também um projeto de um hotel ao qual emitimos parecer, desta vez recebemos um projeto do mesmo hotel mas o intuito era diferente. O objetivo deste projeto era a ampliação do espaço e a construção de piscinas para melhorar o espaço de lazer.
Ao analisarmos o projeto cedido deparámo-nos com algumas dúvidas, visto que a informação cedida era incompleta no que dizia respeito essencialmente às piscinas. A TSA Rosa Nunes ligou ao engenheiro responsável por o presente projeto e este disse que iriam ser enviados novos elementos, mesmo assim elaborámos um parecer onde aparecem descritas as várias recomendações a serem efetuadas, o parecer foi condicionado devido ao motivo anteriormente referido, falta de informação.

Auditoria à sala de esterilização e ao armazém de resíduos         
        Durante este espaço de tempo realizámos uma auditoria à sala de esterilização de um centro de saúde e ao armazém onde se encontram acondicionados os resíduos.
        A sala de esterilização do centro de saúde encontra-se a funcionar de uma forma um pouco atribulada, uma vez que o espaço é pequeno e a organização dentro dele não é a mais adequada. A sala de esterilização deve ser constituída por:
·         Zona de receção, lavagem e desinfeção do material;
·         Zona de embalagem e esterilização;
·         Zona de armazenagem e expedição do material esterilizado;
    A sala de esterilização visitada não se encontra com as zonas anteriormente referidas divididas. Este espaço encontra-se dotado de algumas máquinas umas que funcionam outras que se encontram apenas a ocupar espaço. Possui como equipamentos uma autoclave, uma máquina de selagem, uma máquina de lavagem de roupa, um lava louça e um armário.
A explicação que foi dada como o processo se realizava demonstrava que por vezes havia cruzamento do material sujo com o material esterilizado, o que é incorreto. Houve informação que já foi proposto obras de modo a resolver esta problemática mas que ainda não foram efetuadas.
Também nos deparámos com sacas de sal no pavimento do mesmo espaço, interrogámos as funcionárias acerca do destino daquele sal e a resposta dada foi que o sal destinava-se ao funcionamento de uma máquina, mas que de momento não estava a ser utilizada. Sugerimos que este sal fosse acondicionado em outro espaço e não diretamente no pavimento mas sim elevado. As temperaturas que se faziam sentir eram elevadas levando à conclusão que a ventilação não e a mais adequada, fazendo com que o ar se encontre saturado.
Espera-se que em breve sejam tomadas medidas neste espaço para permitir um melhor funcionamento.

Imagem 2- Autoclave

Imagem 3- Máquina de selagem

 Imagem 4- Material esterilizado

Imagem 5- Sacas de sal mal acondicionadas

Seguimos para o armazém de acondicionamento de resíduos este encontra-se independente das instalações do centro de saúde e encontra-se fechado para dificultar o acesso a pessoas estranhas ao serviço.
Os Resíduos Hospitalares (RH), de acordo com o Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos, são definidos como: “[...] o resíduo resultante de atividades médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em atividades médico-legais, de ensino e em quais quer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens”.
Classificação dos RH

Grupo I – Resíduos equiparados a urbanos - não apresentam exigências especiais no seu tratamento

a) Resíduos provenientes de serviços gerais (como de gabinetes, salas de reunião, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.);

b) Resíduos provenientes de serviços de apoio (como oficinas, jardins, armazéns e outros);

c) Embalagens e invólucros comuns (como papel, cartão, mangas mistas e outros de idêntica natureza);

d) Resíduos provenientes da hotelaria resultantes de confeção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III.

Grupo II – Resíduos hospitalares não perigosos - não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos

a) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados e sem vestígios de sangue;

b) Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue;

c) Material de proteção individual utilizado nos serviços gerais de apoio, com exceção do utilizado na recolha de resíduos;

d) Embalagens vazias de medicamentos ou de produtos de uso clínico ou comum, com exceção dos incluídos no grupo III e no grupo IV;

e) Frascos de soros não contaminados, com exceção dos do grupo IV.

Grupo III - Resíduos hospitalares de risco biológico - resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior eliminação como resíduo urbano

a) Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com exceção dos do grupo IV;

b) Todo o material utilizado em diálise;

c) Peças anatómicas não identificáveis;

d) Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados;

e) Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com exceção dos do grupo IV;

f) Sacos coletores de fluidos orgânicos e respetivos sistemas;

g) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes;

h) Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue;

i) Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados (como luvas, máscaras, aventais e outros).

Grupo IV – Resíduos hospitalares específicos - resíduos de vários tipos de incineração obrigatória

a) Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas, até publicação de legislação específica;

b) Cadáveres de animais de experiência laboratorial;

c) Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres e todo o material invasivo;

d) Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica;

e) Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração.

A produção de Resíduos Hospitalares obedece a numerosos fatores, como o número de pacientes por dia, as especialidades existentes, os tipos de cuidados de saúde prestados, a quantidade de material reutilizado, os métodos de gestão existentes, entre outros.
A gestão de resíduos é entendida como o conjunto das operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, de forma a não constituir perigo ou causar prejuízo para a saúde humana ou para o ambiente, sendo atribuída a responsabilidade dessa gestão aos produtores, designadamente, aos diretores dos Centros de Saúde.
Uma boa gestão dos RH produzidos nos centros de saúde/extensões de saúde (CS/ES) passa por (adaptado de Barreiros e Tavares, 2003):
·         Identificar e classificar todos os tipos de resíduos, por fonte produtora ou sectores e serviços envolvidos;
·         Prevenir e minimizar a produção de resíduos;
·         Implementar procedimentos de triagem, deposição segura e transporte dos resíduos no seu interior;
·         Providenciar que o manuseamento e recolha seja efetuado apenas por pessoas devidamente formadas;
·         Encaminhar os RH não perigosos (grupos I+II) e os específicos para valorização (por exemplo: reutilização ou reciclagem), sempre que possível;
·         Contratualizar com empresas devidamente licenciadas, a recolha, transporte externo, tratamento e destino final dos RH perigosos (grupos III e IV).
Os riscos para a saúde, decorrentes do contacto com os Resíduos Hospitalares, situam-se em quatro âmbitos diferentes:
Riscos biológicos (doenças transmissíveis), devidos a:
– Resíduos contaminados, os quais contêm microrganismos patogénicos;
 Riscos físicos, devidos a:
– Resíduos cortantes e perfurantes, podendo causar ferimentos;
– Substâncias radioativas;
– Substâncias inflamáveis e explosivas, podendo causar lesões;
 Riscos químicos, devidos a:
– Substâncias químicas perigosas e tóxicas, as quais podem ser inaladas, ingeridas ou entrar em contacto com a pele;
– Substâncias carcinogénicas – caso dos resíduos provenientes dos laboratórios de investigação;
Incómodos psicofisiológicos.
Os impactes ambientais dos Resíduos Hospitalares podem sistematizar-se da seguinte forma (Tavares, 2004):
§  Contaminação do biota animal e vegetal;
§  Toxicidade animal e vegetal;
§  Riscos de segurança;
§  Contaminação das águas, em especial das subterrâneas;
§  Contaminação do solo;
§  Contaminação do ar;
§  Emissão de gases e partículas que contribuem para o aquecimento global (efeito estufa) e depleção da camada de ozono;
§  Contaminação dos alimentos não protegidos;
§  Propagação de vetores de doença;
§  Cheiros e aspetos desagradáveis.

Controlo do local de armazenagem
O local de armazenagem de Resíduos Hospitalares deve obedecer a normas técnicas e estruturais, devendo o gestor de Resíduos Hospitalares assegurar o cumprimento desses requisitos, bem como verificar a quantidade e qualidade dos contentores, de acordo com o estabelecido no contrato de prestação de serviços. Assim, deve:
·         Verificar as condições do local de armazenagem, nomeadamente de segurança, ventilação, sinalização e higiene das instalações;
·         Implementar a existência de zona suja e zona limpa, para contentores cheios e vazios respetivamente, devendo ser verificado periodicamente se não existe contacto entre os dois tipos de contentores;
·         Verificar a utilização dos contentores de transporte do Grupo III com saco transparente a forrar o seu interior;
·         Designar um funcionário para rececionar os contentores vazios e proceder à pesagem (quando tal se verificar) e entrega dos contentores cheios ao funcionário da empresa;
·         Inspecionar os contentores vazios no ato da entrega, para garantir as suas condições, nomeadamente de existência de todos os parafusos necessários ao seu encerramento adequado de modo a permitir a sua estanquicidade;
·         Rejeitar todos os contentores que, no ato da entrega, não se encontrem nas condições anteriormente referidas, exigindo-se a entrega de outros contentores em condições adequadas de utilização.
As condições técnicas e estruturais corretas de um local de armazenagem de Resíduos Hospitalares devem incluir também (Pité-Madeira, 1997; Tavares, 2004):
§  Localização –O armazém de Resíduos Hospitalares deve ficar localizado numa zona de acesso fácil ao exterior, de forma a facilitar a remoção dos contentores de resíduos. Por outro lado, a localização fica dependente do circuito interno dos Resíduos Hospitalares, de modo a impedir contaminações cruzadas. Deve também ser um local protegido do sol e das intempéries e inacessível a animais. Não deve estar localizado nas proximidades da armazenagem de alimentos ou de áreas de preparação de alimentos;
§  Capacidade – O compartimento deve ter como capacidade mínima a correspondente aos contentores utilizados diariamente, multiplicada pelo número de dias de intervalo entre as recolhas, acrescido de espaço para armazenagem dos contentores que estiverem vazios;
§  Paredes, teto e pavimento – O teto do compartimento deve ser liso e lavável. As paredes e o pavimento devem ser de material impermeável, liso, facilmente lavável e desinfetável;
§  Ventilação – O compartimento deve dispor de ventilação natural ou forçada, isto é, entrada de ar fresco (exterior) na parte de baixo do compartimento e saída de ar viciado (para o exterior) na parte de cima do compartimento;
§  Iluminação – O compartimento deve dispor de iluminação natural ou artificial;
§  Água e água residual – O compartimento deve dispor de ponto de água e de ralo no pavimento com ligação à rede de drenagem de águas residuais, com vista à higienização dos contentores e do próprio compartimento
§  Energia elétrica – Ser provido de energia elétrica;
§  Segurança – A segurança do local de armazenagem deve ser particularmente garantida no que se refere à prevenção contra incêndios. Este local deve estar sinalizado com indicação de risco biológico, deve ser de acesso interdito ao público e condicionado aos profissionais do Centro de Saúde/Extensão de Saúde.

Imagem 6- Identificação do Armazém de Resíduos Hospitalares
Ao visitarmos o armazém de Resíduos Hospitalares deparamo-nos com um espaço um pouco desorganizado, existia contentores de cor verde e amarela, estes não se encontravam hermeticamente fechados o que deveria acontecer para não haver perigo de contaminação. Havia nas paredes alguma informação que identificava o tipo de resíduos ali acondicionados e os procedimentos corretos para acondicionar os mesmos.
O espaço possuía vestígios de humidade nas paredes e a ventilação também não estava a ser feita da melhor forma, fazendo com que houvesse um cheiro desagradável. No local  além dos resíduos hospitalares encontrav-se algum material que já não se encontrava funcional e que foi deixado ali sem lhe ser dado um destino final.
O espaço encontrava-se identificado como armazém de resíduos hospitalares e tinha a indicação de perigo biológico.
Após a recolha de dados efetuada naquele momento preencheu-se um documento de forma numa fase posterior tomar medidas para melhorar as condições.
 
Imgaem 7- Identificação do tipo de resíduo- grupo III

Imagem 8- Identificação do tipo de resíduo - Grupo IV

 Imagem 8- Contentores de Resíduos Hospitalares´

Imagem 9- Material não funcional armazenado no amrazém de Resíduos Hospitalares

Imagem 10- Vestígios de humidade

Documento importante:

Reajustamento da apresentação da roda dos alimentos
            Houve necessidade de reajustar uma apresentação em PowerPoint já existente sobre alimentação saudável, que já tínhamos utilizado numa ação de formação e descrita durante a 3ª e 4ª semana.
Esta apresentação costuma ser utilizada em ações de formação sobre alimentação saudável, em que a população alvo são alunos de escolas primárias. Constatou-se durante a exposição aos alunos que a  apresentação continha alguns erros e a informação presente por vezes não era muito acessível à população a que se destinava, havendo deste modo necessidade de  a adaptar aos mais pequenos. Para poderem ver esta apresentação cliquem em cima da imagem.

           




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