quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

3ª e 4ª Semana

Caros leitores passaram-se mais duas semanas desde da última mensagem que vos deixei, durante este espaço de tempo tive o prazer de contatar com novas experiências e aperfeiçoar algumas que já tinha vivido durante a 1ª e 2ª semana.
Este separador à semelhança do anterior vai ter uma descrição das atividades realizadas durante a 3ª e 4ª semana. Neste período participei nas seguintes atividades:
·         Vistoria a um hotel;
·         Visita a estabelecimento de bebidas que pretende passar a take-away;
·         Vigilância Sanitária de Águas para consumo humano a seis locais do concelho de Santigo do Cacém; (atividade descrita no separador 1ª e 2ª semana)
·         Auditoria a uma sala de vacinação de um centro de saúde;
·         Visita a um espaço que pretende ser um estabelecimento de bebidas;
·         Avaliação de projetos a fim de emitir parecer; (atividade descrita no separador 1ª e 2ª semana)
·         Ação de formação sobre Alimentação Saudável numa escola primária;
·         Colheita de larvas de mosquitos;
·         Sanidade Marítima;
·         Ação de formação sobre Resíduos numa escola primária.
 
Vistoria a um hotel
            Durante a 1ª e 2ª semana foi efetuada a avaliação de um projeto de um hotel, no qual deveríamos emitir um parecer, mas isto não se concretizou devido à falta de informação. Deste modo em vez de se emitir parecer condicionado e pedir novos elementos preferimos ir até ao local ver como encontrava tudo no momento.
            Deslocámo-nos ao local e fomos recebidos pelo diretor do espaço que fez o favor de nos mostrar tudo o que queríamos ver, essencialmente passava pelas acessibilidades e pelas condições da piscina.
            O diretor mostrou-nos a piscina e a sala das máquinas associada a esta, explicando-nos como se realizava o processo de tratamento, o problema identificado no momento era que os drenos não se encontravam ligados ao esgoto. Segundo o diretor este problema vai ser solucionado em breve.



Outro problema que foi identificado no local foi a presença de apenas  um chuveiro, fazendo com que as pessoas ao acederem à piscina não passem obrigatoriamente por este. A solução para este problema seria colocar mais chuveiros no acesso à piscina, alertas e sinalizaçao de modo a sensibilizar os utentes para a sua utilização.

Constatou-se que as plantas que nos tinham sido entregues para a emissão de parecer estavam incompletas e possuíam informações erradas. Uma das informações contida nas plantas era que as instalações sanitárias para utentes com mobilidade condicionada possuíam bidé, colocando em dúvida se este equipamento não iria prejudicar o acesso dos utentes à sanita, ao visitar o espaço rapidamente entendemos que tinha sido um erro no projeto e que os bidés não existiam. Outra anomalia era o parque de diversão, as suas dimensões na planta fornecida não correspondiam à realidade e também não possuía os equipamentos que no momento se encontravam presentes.
Em suma algumas das anomalias identificadas quando se fez a avaliação do projeto não existiam favorecendo assim a decisão do parecer a ser dado.
Esta experiência foi muito positiva, porque podemos ter acesso ao projeto e depois confrontá-lo com a realidade e verificar que nem sempre tudo o que aparece nas plantas corresponde à verdade.

Parecer dado ao Hotel





Visita a um estabelecimento de bebidas que pretendia passar a take-away

A pedido de um técnico de um projeto dirigimo-nos a um estabelecimento que no momento funcionava como restauração e bebidas e que pretendia passar a take-away.
Esta visita consistiu em ver que alterações tinham de ser feitas para permitir um correto funcionamento, visto que no momento não se encontrava a funcionar da forma mais correta havendo contaminação cruzada. Para combater este problema tinha de se fazer grandes obras o que implicaria elevados custos, assim o proprietário decidiu passar a take-away era uma medida mais fácil e mais económica

Auditoria a uma sala de vacinação de um centro de saúde
No Centro de Saúde onde me encontro inserida, existe um programa de Saúde Pública que é dirigido pelo Dr.º Ismael. Neste programa encontra-se comtemplada a vacinação, sendo assim proposto fazer auditorias às salas de vacinação.
Surgiu a oportunidade de poder participar numa auditoria a uma sala de vacinação de um centro de saúde, nesta estiveram presentes a TSA Rosa Nunes, a Enfermeira Duarte, a Médica de Saúde Pública Tamara, o colega estagiário Joel Ramos e eu.
Dirigimo-nos ao centro de saúde mais precisamente à sala de vacinação, falamos com a responsável por esta que nos deu algumas informações e esclareceu algumas dúvidas.
No momento houve um preenchimento um documento constituído por dez partes, sendo estas:
1.    Identificação;
2.    Formação;
3.    Rede de frio;
4.    Anafilaxia;
5.    Sistema de Informação SINUS;
6.    Impressos/Modelos;
7.    Condições mínimas das instalações;
8.    Contatos;
9.    Comentários;
10. Sugestões.

O preenchimento dos pontos anteriormente enunciados foi realizado pelos diferentes profissionais, trocando sempre ideias entre eles. A parte da Saúde Ambiental foi o ponto 7- condições mínimas de instalações.
Em conjunto com a TSA Rosa Nunes e o meu colega Joel Ramos preenchemos todas as questões pertencentes ao ponto 7, verificando algumas anomalias. A primeira anomalia com que nos deparámos foi que a sala de vacinação não possuía condições de acessibilidade adequada à circulação de trabalhadores/ utentes com mobilidade condicionada, segundo o Decreto- Lei nº.163/06 de 8 de Agosto artigo 2 no âmbito de aplicação, ponto 2 alínea d) Centros de saúde, centros de enfermagem, centros de diagnóstico, hospitais, maternidades, clínicas, postos médicos em geral, centros de reabilitação, consultórios médicos, farmácias e estâncias termais, são locais que devem possuir condições de acessibilidade.
O espaço não possuía um pé direito regulamentar de 3 metros com tolerância de 10% e nos corredores e demais áreas de circulação horizontais o pé direito útil mínimo não era de 2,40metros.
A área útil da sala de vacinação não era de 12m2 tendo uma área menor, o espaço era muito limitado permitindo a circulação mínima dos trabalhadores e utentes sem mobilidade condicionada.
Os acabamentos, tetos, paredes e pavimentos não permitiam a manutenção de um grau de higienização compatível com a vacinação.
O lavatório que se encontrava na sala de vacinação apenas era dotado de água fria e a torneira não era de comando não manual.


Imagem 1- Recipientes para os resíduos do grupo I, II e III

Os sacos que estavam a ser utilizados para recolha de resíduos do grupo I e II não eram os mais adequados, porque deveriam ser transparentes com barra preta e os que se encontravam no momento eram pretos, a justificação que foi dada é que os trabalhadores não têm tido acesso ao tipo de sacos pretendido.
As restantes questões que integravam o ponto 7 encontravam-se em conformidade com a lei.
Foi uma experiência muito interessante, porque até agora ainda não tinha tido oportunidade de contatar com nada do género e ajudou-me a percecionar quais os aspetos a ter em consideração nestes locais.

Ficha de campo da Auditoria parte da Saúde Ambiental




Visita a um espaço cedido para poder ser estabelecimento de bebidas

Visitámos um espaço que no passado funcionava como escola primária e no presente foi cedido para associação recreativa de um clube. O espaço por não ser construído para o fim a que agora se destinava possuía algumas anomalias, que tinham de ser corrigidas para um correto funcionamento.
As anomalias encontradas eram que o pavimento não era o mais adequado, porque não era de fácil higienização sendo este de madeira, deveria ser substituído por outro material que permitisse uma fácil limpeza e manutenção. A disposição dos equipamentos não era a mais correta uma vez que iria haver contaminação cruzada e por fim a conduta de extração de ar não era a mais adequada.

Ação de formação sobre Alimentação Saudável numa escola primária

Imagem 2- Pirâmide dos alimentos
Segundo o Plano Nacional de Saúde Escolar a Escola, ao constituir-se como um espaço seguro e saudável, está a facilitar a adoção de comportamentos mais saudáveis, encontrando-se por isso numa posição ideal para promover e manter a saúde da comunidade educativa e da comunidade envolvente.
Uma das áreas de intervenção do Técnico de Saúde Ambiental é a Saúde Escolar e a sua ação encontra-se presente no Programa Nacional de Saúde Escolar. Uma das atividades abrangida pela ação do TSA é o envolvimento das crianças, jovens e restante comunidade em projetos para a educação para o ambiente, saúde e cidadania.
A população em geral hoje em dia cada vez tem menos tempo e a alimentação saudável por vezes fica esquecida, recorrendo a refeições pré-confecionadas. Os hábitos praticados pelos adultos por vezes são incutidos nas crianças, originando por vezes graves problemas como por exemplo a obesidade.
Durante estas duas semanas dirigimo-nos a uma escola primária para a realização de uma ação de formação sobre Alimentação Saudável, a nossa população alvo foi uma turma do 1ºano com cerca 20 alunos.
Esta ação de formação consistiu em primeiro expor uma apresentação em PowerPoint simples com imagens e pouco texto para possibilitar a fácil interpretação das crianças, visto que estas sendo do primeiro ano ainda não possuíam grandes conhecimentos. Durante a apresentação tentámos sempre ir interagindo com os mais pequenos de forma a mantê-los atentos e interessados no que estávamos a expor.
Levámos uma roda dos alimentos que serviu de auxílio à explicação da apresentação, no final desenvolvemos uma atividade mais prática que passou por tirar todos os alimentos que se encontravam colados na roda e distribui-los pelas crianças, para que estas ordenadamente os voltassem a colar no local correto. Esta atividade prendeu muito a atenção das crianças e fez com que elas demonstrassem o que tinham aprendido e por fim entregámos a cada aluno uma ficha com o desenho da roda dos alimentos para eles pintarem é uma forma de manter presente o tema da alimentação saudável.
A roda dos alimentos pretende transmitir as seguintes mensagens:
- comer diariamente alimentos de todos os grupos na proporção em que se encontram representados;
- não falhar nem exagerar em nenhum deles;
- variar o mais possível de alimentos dentro de cada grupo.
Foi uma experiência que já algum tempo esperava ter, o contato com os mais novos a forma de os compreender e tentar prender a atenção deles não foi uma tarefa muito fácil mas foi muito giro e eles mostraram-se interessados e acho que ficaram com as ideias principais de uma alimentação saudável.

Imagem 3- Explicaçao da apresentação em PowerPoint

Imagem 4- Atividade de colagem dos alimentos na roda dos alimentos
Ação de formação de resíduos aos docentes e encarregados de educação
Houve a possibilidade de participarmos numa ação de formação na qual o tema exposto foi Resíduos.
O aumento da população e a melhoria das condições de vida, traduzem-se num agravamento significativo da quantidade de resíduos produzidos, havendo uma crescente preocupação em sensibilizar a população para esta problemática.
O TSA Diogo Gomes desenvolveu uma ação de sensibilização de educação para a saúde destinada às docentes e encarregados de educação de uma escola primária, apoiando-se numa apresentação em PowerPoint, de modo a esclarecer pontos como o que é um resíduo, classificação dos tipos de resíduos, focando-se essencialmente nos resíduos sólidos urbanos, evolução da produção de resíduos sólidos urbanos em vários países, o processo de recolha e destino final dos resíduos produzidos, a política dos 4R’s e algumas dicas para produzir uma menor quantidade de resíduos.
Política dos 4R’s
Reduzir-significa que os consumidores podem optar por produtos de longa duração e com menor quantidade de embalagens.
Exemplos: Produtos a granel, em vez dos embalados. Cesto de compras ou saco de pano para reduzir o uso dos sacos de plástico.
Reutilizar- significa aproveitar os materiais usados, tal como as embalagen ou produtos que permitam uma utilização ilimitada.
Exemplos: Utilize pilhas recarregáveis. Utilize recargas em vez de comprar o produto na totalidade. Utilize as embalagens (latas, garrafas de plástico) para construir peças decorativas ou outras.
Restaurar- significa repor em bom estado; reparar; consertar.
Exemplos: Restaure os seus móveis velhos. Repare os eletrodomésticos danificados.
Reciclar- Em casa separe todas as garrafas, latas, papel e roupas velhas. Se alguma coisa se partir, tente reparar em vez de substituir (restaurar).
Exemplo: Consumir produtos com embalagens facilmente recicláveis: garrafas de vidro e de plástico, latas e caixas de cartão.
A população envolvida mostrou-se interessada dando a sua opinião e consequentemente expondo algumas dúvidas, foi um momento interessante porque podemos entender que ideias é que estes pais e professores possuem e que conceitos passam às crianças.
Sabia que...
·         1 Bicicleta pode ser fabricada com 670 latas de bebidas;
·         1 Tonelada de alumínio permite poupar energia suficiente para manter ligada uma televisão durante 46 anos;
·         100 Toneladas de plástico evitam a extração de 1 tonelada de petróleo;
·         Para fazer 100 folhas de papel é necessário:
1 árvore com 2 metros + energia de 50 lâmpadas + 50 litros de água;
·         Para fazer 100 folhas de papel reciclado (não embranquecido) é necessário:
2 jornais + energia de 8 lâmpadas + 8 litros de água.
 
Sanidade Marítima

Uma das atividades que marcaram muito pela positiva estas duas semanas de estágio foi a visita a um navio de cargas. Juntamente com os meus colegas Cátia Santos, Joel Ramos, Francisco Romão e o TSA Diogo Gomes dirigimo-nos ao porto marítimo de Sines.
No local fizemos as respetivas inscrições para podermos entrar e prosseguimos até ao navio, equipados com os capacetes de segurança.
Subimos 79 degraus para poder pisar o navio “MSC Livorno”, este  possui 365,5 metros, uma boca de 51,2 metros e possui capacidade de 153,115 toneladas.
Podemos visitar algumas partes constituintes do navio como a enfermaria, cozinha, salas de refeições, camaras frigorificas, armazéns de géneros alimentícios, lavandaria e o piso das máquinas. No decorrer desta visita fomos verificando alguns aspetos da nossa competência, no geral encontrava-se quase tudo em conformidade, devido também ao facto do navio ser muito recente tendo apenas um ano, o que não se encontrava tão bem foi comunicado ao senhor que nos acompanhou na visita, este fez questão de apontar as alterações a fazer e o que dava para alterar no momento alterou dirigindo-se aos empregados da respetiva secção.
Ao estar dentro de um navio tive a sensação que aquilo não era um navio era um espaço normal que fomos visitar, porque assemelhava-se muito a um espaço terrestre. O piso das máquinas foi uma das secções que me impressionou mais devido à sua grande dimensão e o poder imaginar que nos encontrávamos debaixo de água.
Sem dúvida que foi uma experiência que nunca mais irei esquecer e espero poder repetir por isso mantenham-se atentos porque pode surgir mais histórias de sanidade marítima.
Imagem 5- Carregamento dos cotentores

Imagem 6- Navio visitado
Imagem 7- Os visitantes do navio ( Joel Ramos, Vera Alves, Cátia Santos e Francisco Romão)

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